A necessidade é que faz o sapo pular..

Post (0137)

Uma famosa multinacional estava passando por um momento difícil e o chefe não teve outra saída: chamou sua equipe para uma conversa reservada.

– Eu sinto muito, sei que todos vocês são qualificados e ótimos
funcionários. – introduziu ele – Mas vou ter que demitir um de vocês quatro.

– Com licença, chefe! – interrompeu o afro-brasileiro – Eu faço parte de uma minoria desfavorecida! Se o senhor me mandar embora, vai ser discriminação racial!

– O senhor pode me demitir. – alertou o mais velho – Mas eu vou entrar com uma ação de discriminação por idade que levará a empresa à falência!

– E eu sou mulher! – alega a única mulher do grupo – O senhor não pode escolher uma mulher tendo três homens! Isso é discriminação sexual!

Os olhares voltam-se ao quarto empregado: um homem jovem, saudável e branco.
– Gente! – diz ele, rapidamente – Eu nunca pensei que falaria isto mas acabei de sair do armário!

– E você, faz parte de alguma minoria? Se, então pule.
Autor desconhecido – NG Canela – Março de 2012



E por falar em ladrões de galinhas…

Post (143)

“Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas e levaram para a delegacia.

– Que vida mansa, heim, vagabundo ? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para cadeia!
– Não era para mim não. Era para vender.
– Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido!
– Mas eu vendia mais caro.
– Mais caro?
– Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
– Mas eram as mesmas galinhas, safado.
– Os ovos das minhas eu pintava.
– Que grande pilantra…
Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.
– Ainda bem que tu vais preso. Se o dono do galinheiro te pega…
– Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Comprometi-me a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio, no caso, um ovigopólio.
– E o que você faz com o lucro do seu negócio?
– Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada e perguntou:
– Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
– Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
– E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
– Às vezes. Sabe como é.
– Não sei não, excelência. Explique-me.
– É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. Do risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso, finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.
– O que e isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
– Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
– Sim, mas primário, e com esses antecedentes…”
Texto de Luiz Fernando Veríssimo – NG Canela – Outubro 2011