As aventuras de um messias indeciso

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Richard Bach Ilusõespiloto, escritor. Sua obra mais conhecida é “Fernão Capelo Gaivota”.
O livro “Ilusões” é sobre um piloto ambulante que voa em antigo biplano sobre os campos de milho no Centro-Oeste Americano. A ele inesperadamente se juntou nesta viagem solitária a outra pessoa que fazia a mesma coisa, Donald Shimoda. No entanto, rapidamente se torna evidente que há algo de anormal em Shimoda. Seu avião apesar de muito antigo aparece ser novo de fábrica, não tem tecido rasgado, sem manchas de óleo, nem mesmo a palha de passageiros que levam para passear, dentro da aeronave. O encontro não foi um acidente, Donald foi espécie de mentor de Richard. Dele recebeu um pequeno livro: ” Manual do Messias, lembretes para uma alma avançada.” , entorno do qual gira este post.
O que Bach faz é usar a história de um mentor de relacionamentos como um quadro para a apresentação de sua concepção de vida. Em Ilusões, sua premissa é que a própria vida é uma ilusão, que somos seres em realidade espirituais, e não seres de substância material.
É uma leitura alegre que pode ser concluído em uma tarde. O elemento mais profundo do livro é uma pequena parábola contida no prólogo, eis:

“Uma vez havia uma aldeia de criaturas no fundo do leito de um grande rio cristalino…

A corrente do rio passava silenciosamente por cima deles, jovens e velhos, ricos e pobres, bons e maus, a corrente seguindo, o seu caminho, só conhecendo o seu próprio ser cristalino..

Cada criatura, a seu modo, se agarrava fortemente ás plantas e pedras do leito do rio, pois agarrar-se era o seu modo de vida, e resistir à corrente era o que cada um tinha aprendido desde que nascera…

Mas uma das criaturas disse, por fim:

– Estou farto de me agarrar. Embora não possa ver com meus próprios olhos, espero que a corrente saiba para onde está indo…

– Vou soltar-me e deixar que ela me leve para onde quiser. Se me agarrar, morrerei de tédio.

As outras criaturas riram-se e disseram:

– Louco! Se você se soltar, essa corrente que você adora o lançará despedaçado sobre as pedras e a sua morte será mais rápida do que a causada pelo tédio!…

Mas aquele não lhes deu ouvidos e, respirando fundo, soltou-se, e imediatamente foi lançado e despedaçado pela corrente sobre as pedras!

Mas com o tempo, como ele se recusasse a tornar a se agarrar, a corrente o levantou, livrando-o do fundo, e ele não se machucou nem se magoou mais.

E as criaturas mais abaixo no rio, para quem ele era um estranho, exclamaram: Vejam, um milagre! Uma criatura como nós, e, no entanto voa! Vejam, é o Messias que chegou para nos salvar!..

E aquele que foi carregado pela corrente disse:- Não sou mais Messias do que vocês. O rio tem prazer em nos erguer à liberdade, se ousarmos nos soltar. O nosso verdadeiro trabalho é essa viagem, é essa aventura!

No entanto, cada vez exclamavam mais: ‘- Salvador ! , enquanto se agarravam às pedras; quando tornaram a olhar, ele se fora, e eles ficaram sozinhos, inventando lendas sobre um Salvador”.

Do livro Ilusões de Richard Bach – NG-Canela – Julho de 2010

Se você preferir pode ativar a legenda em português.

 




O Poder das Palavras

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Sempre por onde passavam muitas pessoas, um mendigo sentava-se na calçada ao lado de uma placa com os dizeres:
“Vejam como sou feliz, próspero, bonito, importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, saudável e bem humorado.”
Alguns o olhavam intrigado, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia aumentava. Numa manhã, um importante executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
“Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?”
“Vamos lá. Só tenho a ganhar!”, respondeu o mendigo.
Após um bom banho e roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e rapidamente tornou-se um dos sócios da empresa. Numa entrevista coletiva à imprensa, esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele:
– Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: “Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um fracasso e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!”.
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achou um livro e nele um trecho que dizia:
“Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero.”.
Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidiu trocar os dizeres da placa para:
“Vejam como sou feliz, próspero, bonito, importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, saudável e bem humorado.”
A partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que somos horrível, pobres, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças. Uma repórter, ironicamente, questionou:
– O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
“Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!”.

Mais um exemplo do poder das palavras:

Autor Desconhecido – NG Canela – Abril 2010