Não é só uma palavra

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AfricaA jornalista e filósofa Lia Diskin contou um caso acontecido numa tribo da África.
– Um antropólogo enquanto estudava os usos e costumes de uma tribo africana, propôs uma brincadeira para as crianças. Colocou em debaixo de uma arvore, num cesto, uma porção de guloseimas. Chamou as crianças e combinou que quando dissesse “já” elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces. As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele havia desenhado no chão e quando ele disse “já” deram se as mãos e saíram correndo em direção ao cesto. Chegando lá, começaram a dividir os doces entre si e comeram felizes.
– O antropólogo, incrédulo, perguntou por que tinham ido todas juntas, se uma só poderia ter ficado com tudo. Elas simplesmente responderam: “Ubuntu! , como uma de nós poderia ficar contente se todas as outras ficassem tristes!”.
– Ficou desconcertado, após meses de trabalho estudando a tribo, ainda não havia compreendido a essência daquele povo, e se, jamais teria proposto aquela competição.
– Ubuntu é uma palavra oriunda da língua dos povos Bando da África. Não é somente uma palavra é uma filosofia focada nas alianças e relacionamentos das pessoas umas com as outras.
– O premio Nobel da Paz, o bispo sul-africano Desmond Tutu, explicou uma vez: Ubuntu é a essência do ser humano. “VLiaocê não é humano se for só, e se não tiver consciência de que faz parte de algo maior”.
– Para Nelson Mandela: “Para ser feliz é preciso viver em coletividade, em harmonia com quem está a sua volta”.
– Ubuntu é uma palavra bem maior em significado que qualquer tradução possa explicar. Uma tentativa de tradução para nossa língua seria: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”.
Texto publicado no Jornal do Bem Estar, resumido, mas fiel a sua essência – NG Canela – Novembro de 2011
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Autor: Norberto Geraldi

Residente em Canela / RS / Brasil - Aniversário 16 julho - Brasileiro - Casado