Conversas inconvenientes

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Subtítulo: Virando o jogo, impondo um assunto incomum a um chato.

Claro que nem sempre a etiqueta e as boas maneiras são as únicas balizas presentes, leve em conta seus próprios objetivos, as condições ambientais e as circunstâncias.

– Eu não sou do tipo de pessoa que gosta de falar muito em ocasiões sociais – prefiro escutar ativamente a conversa alheia. Quando sou capturado dentro do raio de ação de algum chato e não consigo escapar eu procuro tornar a ocasião menos chata, mesmo correndo o risco de entediar o interlocutor. Até porque este caso também é positivo, porque há chances de que ele se encha de mim e nunca mais me assombre!

– Algumas pessoas, nessa situação, exercem naturalmente o seu poder de liderança e abreviam à conversa ou mudam o seu rumo. Outras não têm a menor dificuldade em conseguir escapar da conversa sem parecerem indelicadas ou não encontram o menor problema em parecerem indelicadas nesta situação.

– Para todas as demais, o problema da conversa chata é uma realidade constante, e precisa ser resolvido. Mas para tudo há solução, veja bem:

– O método é simples, tento virar o jogo, fazendo perguntas que levem o interlocutor a mudar de assunto para algo completamente não relacionado – por exemplo, em uma conversa chata sobre a superioridade de determinada linguagem de programação, me proponho um desafio de mudar de assunto para algo como:

  • A atração gravitacional e os buracos negros;
  • O movimento separatista de Gibraltar;
  • As diferenças entre a hiperinflação alemã entre as duas grandes guerras e a atual hiperinflação do Zimbábue;
  • O rúgbi australiano;
  • A dificuldade de encontrar legalmente músicas da fase racional do Tim Maia, comparada à facilidade de obtê-las de forma não autorizada, on-line…

– Ou outro assunto que venha à cabeça na hora. Se eu consigo, me permito encerrar a conversa abruptamente e como prêmio ir fazer outra coisa. Se não consigo, é o chato que se cansa de mim, e procura alguém menos disposto para falar de assuntos absurdos!

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Texto de Augusto Campos, resumido – NG Canela – Fevereiro de 2011