Balada Para Um Louco

“Uma homenagem a Moacir Franco, sabidamente um dos maiores interprete e compositor de nossa geração”

https://youtu.be/o5PQq9_Ryu4

Num dia desses ou, numa noite dessas
você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente,
por detrás de uma árvore, apareço eu !

Mescla rara de penúltimo mendigo
e primeiro astronauta a pôr os pés em Vênus.
Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé,
as flores da camisa desenhadas na própria pele
e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

Ah! ah! ah! Você ri… você ri porque só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
o semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro,
vem, vem, vamos passear. E assim dançando, quase voando eu
te ofereço uma bandeirinha e te digo:

Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.moacyr-franco
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
bailando ao meu redor, te chama:
vem voar.

Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
…talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
e com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.

Ah! Ah! Ah! Ah!

Louco, louco, louco, louco, louco! Como um acrobata demente saltarei dentro do abismo do teu beijo até sentir
que enlouqueci teu coração, e de tão livre, chorarei.

Vem voar comigo querida minha,
entra na minha ilusão super-esporte,
vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.

Ah! Ah! Ah!

Do Vietnã nos aplaudem: Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança repetem a ciranda
que eu já esqueci…
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um… um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.

Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr !

Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar,
numa corrida louca o instante que passou,
em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr !

Ah! Ah! Ah! Ah!…

Viva! viva os loucos!!! Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva!

Post (305) – Maio de 2017




O tempo

tempoPost (0055)

Toda a tarefa ou serviço, independente de sua grandiosidade, tende a ocupar todo o tempo que dispomos para executá-la.

É bastante comum ouvir-se: – Não fiz isto ou aquilo por não ter tido tempo.

O tempo necessário que necessitamos esta sempre disponível, o tempo não para, para esperar-nos.

– Para conseguirmos executar tudo que queremos, se é que é isto que queremos realmente, basta um pouco de planejamento.

Para exemplificar vou contar uma experiência da qual participei:

– Quando trabalhava em uma empresa no Rio de Janeiro, o Gerente de nossa divisão, seguidamente deixava de atender um subordinado, ou resolver um problema que julgava menor, devidamente, alegando que tinha que se rápido, pois não dispunha de tempo.

– Até que se dando conta de que algo estava errado, tomou a seguinte decisão:

Trabalharia somente pela manhã a portas fechadas, telefone desligado, o secretário filtrava as ligações e visitas, passariam somente as emergências e assim conseguiria tempo para o seu trabalho burocrático e administrativo.

À tarde, bem esta seria livre, teria todo o tempo do mundo para visitar os seus departamentos, resolver em loco os pequenos problemas e escutar os lamentos e sugestões de seus subordinados.

Colocado em prática e … – Não é que deu certo – Lemos! – Onde você estiver, fica aqui o meu grande abraço.

NG Canela – Fevereiro de 2010