Tecnoestresse

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Tecnoestresse. Causado pelo uso excessivo da tecnologia, esta disfunção provoca dificuldade de concentração e ansiedade. 0 jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar longe do computador.
Segundo pesquisas, já são associadas a overdose de tecnologia problemas neurológicos, psiquiátricos e estão aumentando os casos de doenças relacionadas ao isolamento. A depressão é a que mais cresce. Há uma incidência maior do transtorno de déficit de atenção entre adolescentes aficionados por computador. Não é fácil de diagnosticar. Os pais não acham que o filho tem dificuldade de concentração por ele ficar parado frente ao computador.
O impacto das mídias digitais tem efeitos de ordem física e social. Do ponto de vista da saúde, o principal risco é o da obesidade do social, o fato é que, quanto mais conectados, mais isolados os jovens ficam no sentido das relações pessoais. É comum ver casais de mãos dadas e falando ao celular com outras pessoas.

A tecnologia invadiu tanto o cotidiano que as pessoas se perdem no seu uso. É mais preocupante em crianças e adolescentes do que em adultos, porque nessa faixa etária o cérebro ainda não atingiu sua maturidade e não exerce plenamente a função de controle de seus impulsos. Mas nem tudo são pedras no mundo virtual. Pesquisas também mostram que crianças usuárias de tecnologias da informação são mais ágeis, mais inventivas e têm uma capacidade maior de raciocínio, fato comprovado em testes de Ql. A tecnologia não é um bicho de sete cabeças do qual elas tenham que ficar afastadas, devem ser estimuladas a fazer bom uso, respeitando limites.

Os próprios pais são as principais responsáveis por esse quadro “cibercaótico”. Por falta de intimidade com as novas mídias, os adultos deixam de preparar as crianças para o mundo virtual. Muitas vezes, eles apenas dão o lap­top pensando que, desde que os filhos estejam no quarto, não vão se meter em confusão, o que é um erro.
Os adultos precisam se tornar aprendizes dos jovens na parte técnica para que possam ser seus professores na parte humana.
Texto da Folha de São Paulo, resumido – NG Canela  – Setembro de 2012



O sapatofone e Martim Cooper

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– Quando na década dos 60, o famoso humorista estadunidense Mel Brook criou a série para televisão “Super Agente 86”  (uma paródia dos filmes de James Bond) dotou seu protagonista Maxwell Smart – interpretado por Dom Adams – de todo um conjunto de gadgets hilariantes entre os quais se destacava o sapatofone. Nada fascinava tanto então aos fãs do gênero de espionagem como a tecnologia de comunicação sem fio. Escravos como eram nossos pais dos cabos da conexão telefônica, os meninos nascidos nos anos 70 imaginavam um futuro de liberdade no qual o telefone fosse com eles a todos os locais, ou no bolso ou escondido na sola do sapato; e enquanto esperavam que o milagre tecnológico tornasse estes desejos em realidade, confortavam-se com os limitados e ruidosos Walkie-Talkies. 

– Em 1972 Martin Cooper, antigo funcionário da Motorola e inventor do celular tinha preparado o primeiro protótipo de telefone sem fio, que chamavam jocosamente de “tijolão” por causa de seu peso, 800 gramas; sem dúvida não tão “elegante” como o sapatofone de Dom Adams, mas igualmente funcional.

– Cooper conta que o primeiro telefonema que fez com aquele aparelho foi para o diretor da ATT (a operadora telefônica mais importante dos Estados Unidos, que exercia então quase um monopólio) que gerenciava o programa móvel da poderosa companhia. O telefonema triunfante de Cooper foi um simples:

– “Olá Joel, estou falando com você de um celular”. Do outro lado… silêncio total. Cooper é hoje em dia um simpático octogenário que resiste a abandonar o mercado de trabalho e que ainda conserva em sua casa vários daqueles tijolões.

– O esforço e talento de Cooper, que não corresponde a nenhuma categoria do Nobel, ou seja, jamais foi homenageado mundialmente e devidamente premiado. Por isso nos resta guardar em algum canto da memória um agradecimento pela  revolução causada no mundo atual, tornando-o mais pequeno e próximo.

Texto de “Ademin”, publicado originalmente em Metamorfose Digital – NG Canela – Junho de 2012
Lei mais em:  Martin Cooper, gente que faz – Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=8204#ixzz1vDpN372C