Um plano genial

Barão de Itararé 4
Vale muito a pena ler …

Post (0018)

Joaquim estava desempregado e lutava com dificuldades. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, inexperiente que também estava no desvio, porém, defendia-se como um autêntico leão.
O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça, aos quais sempre se safava das aperturas diárias com que o destino o torturava.
Naquele dia, o seu “grude” já estava garantido. Recebera convite para um banquete de um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.
À hora marcada, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de entrar, diz a seu filho faminto:
– Fica firme aqui na porta, porque preciso dar um jeito de que tu também tomes parte no festim.
Já estavam todos os convidados sentados nos lugares, na grande mesa quando, Joaquim levanta-se e exclama:
– Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário, tomo a liberdade de benzer a mesa – Em nome do Padre e do Espírito Santo!
– E o filho? – perguntou-lhe um dos convidados.
– Está na porta – responde prontamente. E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:
– Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?
Texto extraído do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé” (Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly) – Rio de Janeiro, 1985.

NG Canela – Julho 2009




O sentido da vida

O sentido da vida2Post (0049)

Qual é o sentido da vida? Ao longo da História, grandes filósofos e pensadores quebraram a cabeça à procura de uma resposta. Agora, combinando mais uma vez divertidas fotos de animais com um texto afiado em 31 páginas, Bradley Trevor Greive dá sua contribuição inteligente e bem-humorada a um dos maiores debates da humanidade.
-Segue-se um resumo das primeiras 42 páginas:
“- Não importa como você a olha, a vida é estranha, muito Estranha.  É fato que somos todos feitos da mesma substancia das formas de vida mais inteligentes, criativas e magníficas do Universo. Além disso, somos feitos da mesma matéria atômica das maiores montanhas do nosso planeta e das estrelas mais brilhantes da nossa galáxia.
– É claro que isso também vale para batatas e suflê de chuchu – o que talvez explique por que tantas coisas na vida não fazem sentido.
– Para começar, porque ficamos tão obcecados com coisas e feitos de grandes dimensões, quando na verdade são as coisas pequenininhas que, combinadas, tornam as grandes coisas possíveis?
– Por que tentamos criar nossos próprios mundinhos para ter a ilusão de que controlamos completamente nossa existência, quando sabemos muito bem que não controlamos?
– Por que afirmamos que a individualidade é a essência da nossa maneira de ser, e depois aceitamos um grau degradante de conformismo em quase todos os aspectos das nossas vidas?
– Por que as crianças acreditam em fadas e “gente grande não”?
– E por que nos grilamos com as nossas discordâncias, quando de fato são elas que tornam a vida interessante?
– Afinal, se metade do mundo está sempre de cabeça para baixo, seria impossível todos concordarem sobre tudo.
– Mesmo algo tão básico quanto “não mastigue de boca aberta” é uma regra menos universal do que você poderia imaginar.
– Talvez a confusão exista porque a vida nem sempre é o que parece.
– Como espécie, somos obcecados pela aparência.
– Usamos filtros para ver só o que queremos ver. Sem os filtros, você pode olhar com mais clareza para você mesmo, e fazer perguntas objetivas sobre o Universo e o seu lugar nele e investigar o sentido da vida.
Afinal, do que se trata a vida, uma viagem, nas para onde?
– Há quem diga que o sentido da vida é adquirir sabedoria, nas porque os sábios costumam se vestir tão mal?O sentido da vida
– Outros dizem que a vida não tem sentido, apenas é. E há os que dizem que só estamos no mundo para ter uma família e deixar descendentes.
– Aliás, vou lhe contar. Toda esta conversa é completamente imbecil!”
– E por ai vai, não o deixe de ler.
Textos do livro “O sentido da Vida” de Bradley Trevor Greive – NG Canela – Fevereiro de 2009