A fábula do imbecil

o imbecil 3

 Post (0251)

Diz-se que em uma cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com o idiota da cidade, um pobre infeliz de pouca inteligência, que vivia de fazer pequenos recados e receber esmolas.

Diariamente, alguns homens chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam uma escolha entre duas moedas: uma grande de 50 centavos e outra menor, mas de mais valor.

Ele sempre pegava a maior e menos valiosa, o que era uma fonte de risos para todos.

Um dia, alguém assistindo a brincadeira do grupo com o homem inocente, chamou-o de lado e perguntou se ele ainda não havia percebido que a maior moeda valia menos. Este respondeu:

– Eu sei… Vale à metade, mas o dia que eu escolher a outra menor a brincadeira acaba e não vou conquistar a minha moeda.

Esta história poderia acabar aqui, como uma simples brincadeira, mas você pode tirar várias conclusões:

– Quais eram os reais idiotas da história?

– Quem lhe parece idiota, nem sempre é;

– A ambição desmedida pode terminar a sua fonte de renda.

 – O verdadeiro homem inteligente é o que aparenta ser idiota perante um idiota que aparenta ser inteligente.

Texto de Roberto Fontanarrosa – NG Canela – Fevereiro de 2014




Caravelas e Naus

Caravelas e Naus de ColomboPost (0248)+Vídeo

A caravela era um tipo de nau inventada pelos portugueses e também usada pelos espanhóis durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI. A caravela era uma embarcação rápida, de fácil manobra, apto para a bolina, de proporções modestas e que, em caso de necessidade, podia ser movido a remos. Eram navios de pequeno porte, de três mastros, um único convés e ponte sobrelevada na popa; deslocavam 50 toneladas. As velas «latinas» (triangulares) eram duas vezes maiores que as das naus, o que lhes permitia ziguezaguear contra o vento e, consequentemente, explorar zonas cujo regime dos ventos era desconhecido. Apetrechada com artilharia, a caravela transformou-se mais tarde em navio mercante para o transporte de homens e mercadorias.
Foi com uma caravela que Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, em 1488. É de salientar que a caravela é uma invenção portuguesa, em conjunto com os conhecimentos que haviam adquirido dos árabes ou muçulmanos.

Em 1492 Cristóvão Colombo zarpou das Ilhas Canárias rumo ao descobrimento da América com a Nau Santa Maria, a Caravela Redonda Pinta e a Caravela Latina Niña.

De grande porte, com castelos de proa e de popa, dois, três ou quatro mastros, com duas ou três ordens de velas sobrepostas, as naus eram imponentes e de armação arredondada. Tinham velas latinas no mastro da ré. Diferentes das caravelas, galeões e galé, as naus tinham, em geral, duas cobertas.

Se bem que a caravela latina se revelou muito eficiente quando utilizada em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fê-la ser substituída por navios mais potentes.

Fonte(s): http://pt.wikipedia.org/wiki/Nau  http://pt.wikipedia.org/wiki/Caravela – NG Canela – Janeiro de 2013

Abaixo vídeos dos dois nautimodelos construídos por mim em 2013/2014: