Os cinco macacos

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Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma gaiola e, no meio desta, uma escada com bananas em cima.

Toda vez que um dos macacos começava na subir a escada, um dispositivo automático fazia jorrar água gelada sobre os demais macacos….

Passado certo tempo, toda vez que qualquer dos macacos esboçava um início de subida na escada, os demais o espancavam (evitando assim a água gelada). Obviamente, após certo tempo, nenhum dos macacos se arriscava a subir a escada, apesar da tentação.

Os cientistas decidiram então substituir um dos macacos. A primeira coisa que o macaco novo fez foi tentar subir na escada. Imediatamente os demais começaram a espancá-lo. Após várias surras o novo membro dessa comunidade aprendeu a não subir na escada, embora jamais soubesse porquê.

Um segundo macaco foi substituído e ocorreu com ele o mesmo que com o primeiro. O primeiro macaco que havia sido substituído participou, juntamente com os demais, do espancamento.

Um terceiro macaco foi trocado e o mesmo (espancamento, etc.) foi repetido. Um quarto e o quinto macaco foram trocados, um de cada vez, com intervalos adequados, repetindo-se os espancamentos dos novatos quando de suas tentativas para subir na escada.

O que sobrou foi um grupo de cinco macacos que, embora nunca tenham recebido um chuveiro frio, continuavam a espancar todo macaco que tentasse subir na escada. Se fosse possível conversar com os macacos e perguntar-lhes por que espancavam os que tentavam subir na escada …

Aposto que a resposta seria: “Eu não sei – Aqui sempre foi assim…”

Autor desconhecido, texto Enviado por B.H – NG Canela – Agosto 2009




O Milho, a Pipoca e o Piruá

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Imagine o milho de pipoca dentro da panela, que vai ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou. Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, não imagina destino diferente. Não imagina a transformação que está porvir. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:

PUM! – e aparece uma outra coisa completamente diferente que ele mesmo nunca havia sonhado, vira Pipoca.

– A transformação do milho duro em pipoca macia é o símbolo da grande transformação pela qual devemos passar para que venhamos a ser o que devemos ser.

O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele é o que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
As grandes transformações só acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira, uma mesmice e uma dureza assombrosa, achado que o seu jeito de ser é o melhor.
De repente, vem o fogo. A vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: Pode ser fogo de fora: perder um amor, ficar doente, perder o emprego ,… Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, …

– Há sempre um remédio, apagar o fogo, sem fogo o sofrimento diminui. Transformado-nos em um Piruá.

Piruá é o milho de pipoca que se recusa estourar. São os que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Acham que não pode existir coisa melhor que seu jeito de ser. A sua presunção e o medo é a dura casca que não estoura. Seu destino é ficar duro à vida inteira, sem se transformar na flor branca, macia e dar alegria para alguém.

– Terminado o estouro alegre das pipocas, no fundo da panela ficam os Piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Texto de Rubem Alves – Do livro “O Amor que acende a lua” – Adaptado
NG Canela – 16 de julho 2009