Vivendo e aprendendo

Post (0027)

Aos 5 anosAprender Aprendi que peixinhos dourados não gostam de gelatina.
Aos 6 anos – Que não dá para esconder brócolis no copo de leite.
Aos 9 anos – Que a professora sempre me chama quando não sei a resposta.
Aos 12 anos – Que quando o meu quarto fica do jeito que eu gosto, minha mãe manda arrumá-lo.
Aos 15 anos – Que não devo descarregar minhas frustrações no irmão menor, porque o pai tem frustrações maiores e a mão mais pesada.
Aos 18 anos – Que são os meus melhores amigos que me metem em confusão.
Aos 25 anos – Que nunca devo elogiar a comida da minha mãe, quando estou comendo a que minha a mulher preparou.
Aos 29 anos – Que se pode fazer, num instante, algo que vai dar dor de cabeça pelo resto da vida.
Aos 35 anos – Que quando eu e minha mulher temos finalmente uma noite sem as crianças, passamos a maior parte do tempo falando delas.
Aos 37 anos – Que casais sem filhos sabem melhor do que você como educar os seus.
Aos 39 anos – Que quando chego atrasado no trabalho, o patrão chega cedo.
Aos 40 anos – Que existem duas coisas essenciais para um casamento feliz: Contas bancárias e banheiros separados.
Aos 43 anos – Que as mulheres gostam de ganhar flores, especialmente sem nenhum motivo.
Aos 45 anos – Que a época que preciso de férias é justamente quando acabei de voltar delas.
Aos 46 anos – Que só se sabe que a esposa nos ama, quando sobram dois bolinhos e ela pega o menor.
Aos 50 anos – Que se pode fazer alguém ganhar o dia, simplesmente mandando-lhe um pequeno cartão.
Aos 52 anos – Que a qualidade do serviço de um hotel é diretamente proporcional à espessura das toalhas.
Aos 54 anos – Que crianças e avós são aliados naturais.
Aos 58 anos – Que é legal curtir o sucesso, sem acreditar muito nele.
Aos 60 anos – Que não posso mudar o que passou, mas que posso deixar para lá muitas coisas.
Aos 61 anos – Que a maioria das coisas com que me preocupo nunca aconteceu.
Aos 63 anos – Que quem espera se aposentar para começar a viver, esperou tempo demais.
Aos 65 anos – Que quando as coisas vão mal, eu não tenho que ir com elas.
Aos 67 anos – Que amei menos do que devia.
Aos 69 anosAprendi que tenho muito que aprender.

Fonte: Um jornal local, transcrito e resumido – NG Canela – Agosto 2009




Fábula do abridor de latas

Post (0022)
– Existe umabridor de latas utensílio chamado “Abridor de latas”, lembras?
– Eu imaginava ser esta uma ferramenta em extinção.
– Desde que foi inventado em 1855 pelo inglês Robert Yates, tem servido para abrir latas. O curioso da história é que ele só foi inventado 42 anos depois das primeiras latas de conservas, que surgiram em 1813.
– Como o meu é bastante antigo, resolvi, meio sem esperanças de encontrar, procurar um modelo novo na internet – Para espanto meu aparecerem aproximadamente 110.000 resultados para a pesquisa – Tem de tudo: Tipos manuais, elétricos, eletrônicos, a pilha e até um que dizem abrir sozinho, as latas, e também muitas histórias  – selecionei esta entre outras:
Fábula do abridor de latas
– Um dia, a família tomou uma decisão: Economizar tempo, comer só enlatados, a saúde foi para escanteio e as latas invadiram a casa, no almoço, no lanche, na janta, na comida do cachorro e…
– Foi então que ele apareceu.
– Deixando seu canto empoeirado para estrelar no lar. Chegou por cima, importante, sentia-se o rei da cozinha, mais importante que as facas e colheres que só tomam partido após as latas serem abertas. De esquecido passou a astro nas horas das refeições.
– O nanico de metal passou a se sentir grande e forte, além de útil, um pouco presunçoso, talvez – Útil era uma palavra pequena para ele, diante da importância e destaque que alcançara – Era talentoso e até umas garrafas passou a abrir – Elogiado pelo pai, louvado pela mãe, acariciado pelas mãos bem hidratadas da filha adolescente, requisitado como brinquedo pelo filho mais novo, que teimava em brincar de aviãozinho e, aliás, quando sumia, era um Deus nos acuda.
– Foram dias mágicos, até que a família tomou uma nova decisão, para sua maior comodidade – Resolveram comer fora.
– E o abridor de latas voltou para o fundo da gaveta, esquecido.
– Veja você, quando necessário, respondeu desempenhando bem a sua função, com criatividade e presteza, sendo rapidamente descartado quando não precisaram mais dele – Afinal era apenas um utensílio – E você ?

Autor desconhecido – NG Canela – Julho de 2009