Problemas simples, complicados e complexos

Em um documento sobre a reforma dos serviços de saúde canadense, os Drs. Sholom Glouberman e Brenda Zimmerman abordaram as diferenças entre os sistemas simples, complicados e complexos. Para ilustrar as suas diferenças, eles apresentaram um relato detalhado destes sistemas usando alguns exemplos:
Eles começam por ilustrar desta forma a distinção entre estes sistemas:

Problemas simples: são os encontrados durante o processo de assar um bolo de confeiteiro. O sucesso vem de seguir a receita.

Problemas complicados: são os encontrados em como enviar um foguete para a Lua.

Para facilitar eles poderiam ser divididos em uma série de problemas menores, mas isto não é sempre possível. O sucesso da solução depende muitas vezes de várias pessoas, várias equipes e de conhecimentos especializados, sendo que as dificuldades imprevistas serão freqüentes. E mais, cronogramas e coordenação acrescentam sérias preocupações.

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Problemas complexos: são os encontrados em como criar um filho.

Depois que você aprender como enviar um foguete à Lua, você pode repetir com outros foguetes, sempre aperfeiçoando o processo. Um foguete é basicamente como um outro foguete.
Os doutores apontam que não é assim com a criação e educação de uma criança. Cada criança é única e devemos entendê-la como um indivíduo.  A experiência adquirida em criar uma criança, não garante sucesso com a próxima. A experiência é valiosa, mas não é suficiente. A próxima criança pode exigir uma abordagem totalmente diferente da anterior. O que aponta para outra característica de problemas complexos – os seus resultados continuam altamente incertos.
No entanto, todos nós sabemos que é possível criar bem uma criança, mesmo que o processo seja complexo.
Uma característica importante dita por Glouberman e Zimmerman é que podemos abordar todos os três tipos de problemas com certo grau de otimismo, proporcionando um entendimento do problema que estamos tentando resolver.
Na teoria, dizem os especialistas de saúde que muitas vezes:

“Abordar implicitamente problemas complexos como complicados e, portanto, empregar soluções que são próprias ​​para as abordagens racionais, nos leva muitas vezes a soluções inadequadas porque negligenciamos muitos aspectos da complexidade.”

Para exemplificar lembraremos a velha piada sobre o bêbado que está tropeçando perto de um poste de luz. Ao ser perguntado o que está fazendo, responde que ele está procurando as chaves do carro.

“Oh, onde você acha que você as perdeu?”
“Abaixo do meu carro”, diz o bêbado.
“Então por que você está procurando por eles aqui, longe do seu carro?”
“É porque aqui a luz é melhor.”
Eles sugerem que isso é algo que devemos pensar:

A sofisticação dos nossos modelos, teorias e formulação dos problemas complicados, pode ser tão sedutora como a luz da luminária. Ela oferece uma melhor luz e clareza e ainda pode levar a investigações que estão mal direcionadas para lidar com sistemas complexos.
Glouberman e Zimmerman proporcionam uma lente de diagnóstico através do qual podemos ver o tipo de problema que estamos tentando resolver. Eles aplicaram esta lente no futuro do sistema de saúde canadense, tendo em conta as suas interdependências – sem uma clara compreensão nós deslocamos o problema de um sector para outro, sem resolvê-lo, dizem mais ainda:

“Determinar e perceber a natureza e a escala de um problema é uma abordagem útil para começar a enfrentar as tensões em um sistema e chegar a uma resposta apropriada.”

tabela-comparativa

 Leia mais em:
Complicated and Complex Systems:What Would Successful Reform of Medicare Look Like?

https://issuu.com/norbertogeraldi/docs/complicatedandcomplexsystems-zimmer

Post (291) – Outubro de 2016




A ingerência na tomada de decisão do empreendedor

O empresário precisa ter controle de todas as decisões na sua empresa, avaliando os fatores externos, internos e sociais, e a forma que estes influenciam nas suas decisões; antes de tudo é preciso que cada decisão seja apreciada com muito cuidado, sendo analisadas e verificadas suas consequências.16

A ingerência na tomada de decisão do empreendedor influi diretamente em todas as ações postas em prática, que trazem para a empresa algum tipo de resultado, bom ou mau.  O empresário precisa aprender a prever o que irá afetar suas atividades, e procurar tomar uma decisão que gere bons resultados, para isto é necessário que tenha bastante conhecimento e faça uma reflexão bastante clara antes de tomar qualquer decisão, para isso é preciso que o aprenda a lidar com o dia-dia, identificando o que influi, pressiona e afeta diretamente a gerência na sua empresa.

É, pois necessário que o empreendedor assuma uma postura equilibrada e séria para que a empresa não sofra a consequências indesejáveis causadas por decisões tomadas inadequadamente.

Sabemos a exemplo das grandes empresas que trabalham com equipes formadas, que as decisões consubstanciadas por estas equipes assumem a responsabilidade em conjunto de determinadas decisões, e assim sendo orientam a direção de forma que esta não cause prejuízos e possam advir em conseqüências desastrosas.
Sendo assim passamos a citar os fatores que mais influenciam a ingerência da vida de uma empresa, sobretudo nas médias e pequenas empresas familiares.

Fator ambiental externo:
Os fatores ambientais externos são aqueles cujas variações não se têm controle, tais como os econômicos, em que as decisões que vêm do governo e influem diretamente nos custos, por exemplo, os impostos, a conta de energia, a de água, os aumentos inflacionários nos preços da matéria prima, ou de mercadorias para revenda. Neste caso a empresa terá por força de necessidade alterar seus custos, revendo suas planilhas, e obviamente alterar os seus preços de venda. Há toda uma repercussão como efeito dominó, que acarreta em vários eventos, e suas imediatas consequências.

Fator ambiental interno:
Este tipo de fator acontece quando a empresa administra seus custos e despesas internamente, como exemplo salários e outras despesas decorrentes. E também quando o empresário toma decisões sem analisar o ponto de vista financeiro; pode-se ainda citar as compras realizadas sem uma pesquisa adequada visando baixar os custos de compras.

Fatores sociais: 
O homem é um ser social, pensante, e movido por emoções, e que às vezes toma decisões com base fundamentada nas emoções, ou visando seus próprios interesses, trazendo conseqüências prejudiciais à empresa. Mormente nas pequenas empresas muitas decisões são tomadas ao acaso, sem ter previamente uma decisão refletida, e analisada extensivamente. No caso de empresário que toma uma decisão só para agradar um cliente, sem analisar antecipadamente, se é possível e o custo que advêm disto, ou uma compra de bem que não esteja atrelado às necessidades da empresa.

Considerações finais: 
O empresário em suas decisões deve ter em mente que tudo se repercute na sua empresa, e que deve antes de qualquer coisa analisar pormenorizadamente as conseqüências de suas decisões; e as decisões que devem ser revistas e analisadas com embasamento nas necessidades da empresa.
Não se pode confundir o patrimônio da empresa com o que o empresário possui; deve-se considerar que a empresa é uma célula social, e que precisa ser cuidada, como tal, tanto financeira quanto economicamente.
A empresa é envolvida por fatores externos que involuntariamente interagem com a empresa, e com suas decisões, é por isso que se precisa analisar constante estes fatores. Por outro lado os internos são de controle da empresa, pois é possível controlá-los, mantendo assim o equilíbrio da empresa.
Temos ainda o ambiente social que consistem por decisões tomadas baseada nas emoções, que precisam de controle e equilíbrio; o empresário necessita manter sua equipe trabalhando, orientanda e motivada, para que a cada decisão que deseje tomar tanga aos seus interesses e os da empresa.

Só desta forma haverá crescimento e irá se manter no mercado por muitos anos.

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-ingerencia-na-tomada-de-decisao-do-empreendedor/24533/

Post (290) – Setembro de 2016