A fábula da formiga

Post (0182)
 – Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
– O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
– A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
– Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
– O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
– O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
-O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
– A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
– A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo de clima.
– Mas, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
– E adivinha quem o besouro mandou demitir?
– A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.
Texto de autor desconhecido. NG Canela – Junho de 2012



O sapatofone e Martim Cooper

Post (0124)

– Quando na década dos 60, o famoso humorista estadunidense Mel Brook criou a série para televisão “Super Agente 86”  (uma paródia dos filmes de James Bond) dotou seu protagonista Maxwell Smart – interpretado por Dom Adams – de todo um conjunto de gadgets hilariantes entre os quais se destacava o sapatofone. Nada fascinava tanto então aos fãs do gênero de espionagem como a tecnologia de comunicação sem fio. Escravos como eram nossos pais dos cabos da conexão telefônica, os meninos nascidos nos anos 70 imaginavam um futuro de liberdade no qual o telefone fosse com eles a todos os locais, ou no bolso ou escondido na sola do sapato; e enquanto esperavam que o milagre tecnológico tornasse estes desejos em realidade, confortavam-se com os limitados e ruidosos Walkie-Talkies. 

– Em 1972 Martin Cooper, antigo funcionário da Motorola e inventor do celular tinha preparado o primeiro protótipo de telefone sem fio, que chamavam jocosamente de “tijolão” por causa de seu peso, 800 gramas; sem dúvida não tão “elegante” como o sapatofone de Dom Adams, mas igualmente funcional.

– Cooper conta que o primeiro telefonema que fez com aquele aparelho foi para o diretor da ATT (a operadora telefônica mais importante dos Estados Unidos, que exercia então quase um monopólio) que gerenciava o programa móvel da poderosa companhia. O telefonema triunfante de Cooper foi um simples:

– “Olá Joel, estou falando com você de um celular”. Do outro lado… silêncio total. Cooper é hoje em dia um simpático octogenário que resiste a abandonar o mercado de trabalho e que ainda conserva em sua casa vários daqueles tijolões.

– O esforço e talento de Cooper, que não corresponde a nenhuma categoria do Nobel, ou seja, jamais foi homenageado mundialmente e devidamente premiado. Por isso nos resta guardar em algum canto da memória um agradecimento pela  revolução causada no mundo atual, tornando-o mais pequeno e próximo.

Texto de “Ademin”, publicado originalmente em Metamorfose Digital – NG Canela – Junho de 2012
Lei mais em:  Martin Cooper, gente que faz – Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=8204#ixzz1vDpN372C