Associativismo de resultados

Post (0162)

Desde 1996 atuo (Tom Coelho) voluntariamente em associações e entidades. Quer saber a verdade? Comecei nisso por mero interesse pessoal. Toda esta experiência permitiu-me chegar a algumas conclusões:

– Você é voluntário até começar a participar. Integrar uma associação ou entidade é uma decisão pessoal. Uma vez assumido o compromisso, você se torna responsável pelo cumprimento de um planejamento estratégico previamente formulado e pela defesa dos propósitos que norteiam a missão da organização.

– Participar não se resume a pagar mensalidades. A contribuição é o bem menor que você pode legar. É limitado e superficial acreditar que basta depositar alguns Reais e exigir que os outros lutem por seus interesses. Você precisa participar ativamente.

– O interesse coletivo se sobrepõe ao individual. O nome do jogo não é vencer, mas convencer. Isso significa ter flexibilidade e nenhum compromisso com o erro. Em alguns momentos seu argumento é mais fraco e você perde. A derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã.

– O inimigo deve ser eleito com critério. O adversário deve ser nomeado coletivamente. Com rapidez você descobre que ele não é o concorrente na sala ao lado, mas sim a estrutura tributária paranóica, os entraves à competitividade, a economia informal, o produto importado com câmbio favorável e qualidade questionável.

– As batalhas devem ser escolhidas com sabedoria. A questão não é debater demandas específicas, de caráter conjuntural, mas sim buscar a regulamentação de um setor ou mudanças estruturais. É trocar o benefício de curto prazo por avanços de longo prazo capazes de promover a geração de emprego e renda.

Muitas vezes temos hábito de criticar sem oferecer alternativas, praguejar sem dialogar, julgar sem refletir. E, assim, terceirizamos a culpa como indulgência pessoal à nossa própria negligência.

Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outros cinco livros.

Resumido – NG Canela – Janeiro de 2012




Síndrome da vítima

Post (0161)

Responsabilidade… Um dos valores mais respeitados dentro de uma sociedade, que pode ser vista como sinônimo de seriedade, de caráter, de hombridade. Encontra-se naquelas pessoas que cumprem seus deveres, ou melhor, naquelas que não fazem mais que sua OBRIGAÇÃO.
Mas é irônico, o modo como pode ser valorizada e igualmente nociva para uma mesma sociedade. Um bom exemplo disso inclui aquelas pessoas que não assumem seus atos – pessoas de nível baixo ou zero de responsabilidade – que indicam possíveis culpados e transferem descaradamente a responsabilidade para outros que nada tem a ver com a história. Assim, possuem diversas justificativas na ponta da língua: “Não é comigo”, “Eu fiz a minha parte”, “O problema são os outros”,” A culpa é do governo”, “Não há nada que eu possa fazer”… Essas e outras frases são típicas de quem não assume e sequer entende o conceito.
Mas é como a questão do respeito, depende de vários fatores: Cultura familiar, relacionamentos e influência de pais e amigos. Embora não seja difícil identificar as causas, considero a “Síndrome da vítima” o principal deles. Omitir-se, fazer-se de vítima, transferir a culpa, são armas de defesa daqueles que, sequer, tem valores. Estes, preferem se sentir insignificantes, dissimular, zoar, encontrar alguém para culpar em vez de exercitar a capacidade de assumir o controle sobre si mesmo e sobre suas ações.
No final da história, a culpa é da sociedade, do pedestre atropelado, do paciente inconformado, do leitor mal-informado, do infeliz desavisado… A culpa só não é do culpado.
Concluo que convém:
… Jamais esquivar-se da parte que lhe cabe do mundo, pois assumir a responsabilidade e aprender com os erros é coisa para gente evoluída, capaz de dar a volta por cima e disposta a aprender que os erros são parte do crescimento pessoal…
Texto de Carolina Geraldi – NG Canela – Janeiro de 2012