Teoria da relatividade

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Albert Einstein nasceu na Alemanha em 14 de março de 1879, era de origem judia, naturalizado suíço. Foi físico e matemático e até hoje é conhecido pela sua genialidade. Com sua Teoria da Relatividade mudou o pensamento da humanidade a respeito de tempo e espaço. Em meados de 1905, o Físico alemão, até então um simples funcionário público do departamento de patentes, talvez por este motivo é que tinha tempo de ficar pensando em coisas relativas, começou a ter ideias bastante avançadas para a sua época, mas isto é outra história.

 

“ Estava ele em vista ao Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro em 1925, quando um estudante cego aproximo-se e disse:

– Não deixei de ouvir que o senhor é o pai da Teoria da relatividade, eu já li sobre ela mas nunca entendi bolunfas porque as palavras são muito difíceis e ninguém a conseguiu me explicar em palavras simples, pelo amor de Deus, tente.
– Meu rapaz, realmente é bastante complicado, mas vou tentar.
– A lei da relatividade tem tudo haver com a velocidade da luz.
– Sim, velocidade eu sei o que é, pois apesar de minha deficiência eu me desloco bem rapidinho, mas luz eu não sei o que é.
– Luz é o contrário da escuridão o que você sabe muito bem o que é e em última análise é o que nos permite ver as cores das coisas.
– Ver eu não posso, coisa eu sei o que é, visto que eu a imaginei, mas cor, o que é cor ? Sou cego !
– Cor é o que faz, pela incidência da luz, o Cisne parecer branco.
– Há!! Agora complicou ! Já falamos sobre a luz e cor, mas Cisne ?
– Cisne é um animal da natureza… É uma ave.
– Bom disse o cego, finalmente , ave eu sei o que é, já comi algumas, mas Cisne ?
– Como vou te explicar? Já sei, o Cisne é uma ave um pouco maior que uma galinha, parece-se com um pato mas tem o pescoço curvo como o cabo de sua bengala.
O cego então passou lentamente a mão sobre a sua bengala contornando a parte curva de seu cabo e agradecido falou:
– Obrigado, senhor, disse ao afastar-se, finalmente entendi o que é teoria da relatividade. ”

Esta história aqui narrada eu escutei, era mais ou menos assim, não me lembro onde, há muito tempo, hoje a publico. Albert Einstein poderia também ter respondido desta forma:

“Esta teoria simplesmente diz que tudo é relativo, diz que no universo todo não há o absoluto. Tudo o que você fala, cita, demonstra, tem que ser relacionado a algo, do contrário não teria sentido. O único referencial absoluto é a velocidade da luz, que seria fixa em relação a tudo.O meu trabalho baseou-se em dois axiomas: Um foi a ideia de Galileu de que as leis da natureza são as mesmas para todos os observadores que se movem a uma velocidade constante relativamente uns aos outros; O outro, a ideia de que a  velocidade da luz é a mesma para todos os observadores, sacou meu rapaz ?”

NG Canela – Outubro de 2011




Para que serve a Utopia

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Eduardo Galeano conta algo que aconteceu com ele:
– Há algum tempo quando estava em uma universidade da Colômbia dando uma palestra junto com um grande amigo, um dos diretores mais antigos de filmes da Argentina às vezes chamado de “O Pai do Cinema Latino-americano” – Fernando Berri – éramos jovens.
Os estudantes faziam perguntas, às vezes para mim e às vezes para ele e foi na vez dele a pergunta mais difícil de todas. Um estudante se levantou e lhe perguntou: – Para que serve a utopia ?

Eu olhei para ele com pena, pensei, esta encrencado, Fernando, depois de uma pausa pensativa respondeu magnificamente da seguinte forma:

“Eu acordo todos os dias da minha vida me perguntando a mesma coisa. Para que serve a Utopia?”

A utopia afinal é como o horizonte, você nunca pode alcançar o horizonte e disse mais, eu sei que nunca o alcançarei, se me aproximo dois passos, e ela se afasta dois passos. Caminho dez passos em sua direção e o horizonte corre dez passos para trás. Utopia não é diferente. Ela vai se distanciando quanto mais me aproximo e por mais que eu caminhe nunca a alcançarei. Então eu pergunto a mim mesmo:

– Qual é o propósito da Utopia ?
– Para que serve a Utopia?
– Serve para isso, concluo:
Para nos fazer continuar caminhando. Para nos fazer continuar caminhando em direção a ela. Para o horizonte. “

Como dito por Eduardo Galeano na Radio 3 da Espanha –NG Canela – Outubro de 2011