O sentido da vida

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As sandálias do discípulo faziam barulho nos degraus da escada que levava aos porões do velho mosteiro. Lá vivia um homem muito sábio. O jovem empurrou a pesada porta, entrou demorando um pouco para acostumar-se com a pouca luminosidade. Finalmente, ele localizou o ancião sentado tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto, fazendo anotações num grande livro.

– Mestre, qual o sentido da vida? Perguntou aproximando-se.

O monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou para um pedaço de pano no chão junto à parede abaixo da estante e depois para o alto.

Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu algumas prateleiras da estante de livros. Alcançou a vidraça logo acima e retirou a sujeira que impedia sua transparência. O sol inundou a sala, cheia de estranhos objetos, instrumentos e pergaminhos com misteriosas anotações. Cheio de alegria, o jovem disse:

– Entendi, Mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado. Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez. E retirou-se.

O velho monge, sentindo os raios quentes do sol a invadir a sala com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu e finalmente falou:

– Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Autor desconhecido – NG Canela – Julho 2009




É preciso saber viver

RC e EC 2Post (0019)+Vídeo

“Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco ou viver na solidão.
É preciso ter cuidado para mais tarde não sofrer;
Toda pedra no caminho você pode retirar;
Numa flor que tem espinhos você pode se arranhar;
Se o bem e o mau existem, você pode escolher;
É preciso saber viver …

É preciso saber viver …”

Composição de Erasmo Carlos e Roberto Carlos – Nos idos tempos da Jovem Guarda nos anos 70.


NG Canela – Julho 2009